quarta-feira, 7 de setembro de 2016

[Recomendação] As Sete Irmãs



Título original: The Seven Sisters
Autora: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito (primeiras edições) e Arqueiro (atualmente)
Número de páginas: 559 (de acordo com a edição da Novo Conceito)
Ano: 2014




Aproveitando o clima em que até ontem Lucinda Riley pisava o solo do nosso querido país, mais especificamente o Rio de Janeiro, vamos falar desse maravilhoso livro que tem como cenário a nossa Cidade Maravilhosa. 

"Meus dedos tocaram a selenita em meu colar. Tudo o que eu podia imaginar era que ele foi trazido comigo, como uma espécie de recordação, talvez de minha mãe, quando Pa Salt me adotou ainda bebê. Ele me disse, quando me deu o presente, que havia uma história interessante por detrás dele. Talvez estivesse sutilmente me incentivando a perguntar pela historia um dia; talvez não quisesse me aborrecer naquele momento ao falar de uma relação direta com o meu passado. Ele esperava que eu perguntasse. E eu desejava de todo o coração, naquele momento, ter perguntado."

E é com esse contexto que embarcamos no passado de Maia, a mais velha de cinco irmãs, a primeira a ser adotada por Pa Salt, o pai adotivo de todas as seis e, a protagonista do primeiro livro da série.
Ao morrer, Pa Salt, deixa para as suas cinco filhas pistas para que possam desvendar os mistérios do passado de suas famílias biológicas.
A pista de Maia, no entanto, a traz para o Rio onde, por muitos anos sua família biológica viveu.
Com uma atmosfera que mistura figuras e lugares históricos com ficção, a história se passa tanto nos dias atuais como em 1927, a Belle Époque do Rio, onde conhecemos Izabela Bonifácio, filha de um italiano que aspira fazer parte da elite através de um bom casamento da filha. Enquanto isso, o arquiteto Heitor da Silva Costa (figura que realmente existiu) trabalha em um grandioso projeto batizado de Cristo Redentor, e está de viagem marcada para Paris. É quando a sonhadora Izabela convence seu pai a deixá-la ir com os Da Silva Costa. Porém, o que a jovem não imagina é que essa viagem mudará sua vida para sempre, e que afetará pessoas que ela nem sonha em conhecer, como Maia, que só nascera muitas décadas depois.
Em uma mistura de felicidade e sofrimento, amor e perda, percebemos que a história da família quase se repete em diferentes gerações, mesmo em tempos tão diferentes.

"O amor não conhece distância;
Não se divide em continentes.
Seus olhos são como as estrelas."

O ponto alto do livro, é que Lucinda Riley descreve o estado do Rio de Janeio com maestria, tanto em termos de paisagem, como em termos sociais, invalidando um preconceito europeu em relação as terras brasileiras. Mostrando uma realidade que os próprios cariocas ás vezes se esquecem, uma realidade em que mesmo com todos os problemas ainda é uma cidade maravilhosa, com muita alegria e com muita coisa boa para se ver. Ela retrata uma típica noite na Lapa, uma visita a uma comunidade carente (que eu particularmente não identifiquei qual era exatamente no livro), e o modo de ser dos próprios cariocas. Além, é claro, de contar um pouco da história da construção do Cristo Redentor e de uma sociedade abalada com a crise de 29.

Ontem, no lançamento do terceiro livro da série, Irmã da Sombra, na Livraria Travessa do Shopping Leblon, Lucinda confidenciou aos leitores que a série não terminará no sétimo livro (o da irmã "misteriosa", já que até agora nada foi dito sobre a sétima irmã), mas que ainda haverá mais um ou dois livros! E ainda, que os direitos da série estão sendo negociadas para virarem uma série. 
Agora é aguardar ansiosamente pelas próximas irmãs e notícias a respeito da série!!!!


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